Em café da manhã com
a imprensa, a ministra-chefe da Secretaria de Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, disse que em 10 de julho se reunirá
com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência,
Garibaldi Alves, e os líderes dos partidos da base aliada, para
tentar chegar a um texto sobre a substituição do fator
previdenciário para, de preferência, ser votado ainda este ano.
A proposta com maior
aceitação pelos líderes e que começa a ser absorvida pelas
centrais sindicais é a chamada 85-95, pela qual as mulheres poderiam
se aposentar com 55 anos de idade e 30 anos de contribuição (85), e
os homens se aposentariam com 60 anos de idade mais 35 de
contribuição (95).
Mas a ministra Ideli
avisou que é preciso que, desde já, se estabeleça uma “fórmula
móvel”, para que a proposta adotada não fique defasada com o
crescimento da expectativa de vida da população. “Basta a
expectativa de vida crescer mais cinco, dez anos, que essa fórmula
85-95 já fica defasada”, comentou Ideli, ao acrescentar que “houve
sinal por parte dos líderes da possibilidade de fazermos uma espécie
de fórmula móvel, adaptada, hoje 85-95, quando sobe a expectativa
de vida, também sobe o resultado da somatória.”
Ao falar das reuniões
técnicas que serão realizadas esta semana e da reunião em 10 de
julho, para tratar da proposta previdenciária, Ideli explicou que o
governo está em busca da “melhor fórmula” para substituir o
valor de cálculo das aposentadorias.
Segundo a ministra,
“tem de reestruturar a Previdência a essa nova realidade. Um
debate que acho que surgiu, além da idade mínima, é que a fórmula
apresentada 85 para as mulheres, somar idade com tempo de
contribuição, e 95 para homens, numa expectativa de vida, num
determinado patamar, ela pode ser uma fórmula adequada”. "Eu
dei um exemplo concreto: fator previdenciário. É importante fazer a
correção de algum tipo de injustiça que a fórmula do cálculo das
aposentadorias embute no fator previdenciário. É correto isso? É.
Então, vamos aproveitar isso pra dar uma reestruturada e
sustentabilidade maior na previdência”, comentou a ministra, que
afirmou ser importante não só fazer adaptação agora, mas que é
preciso deixar uma brecha para modificações futuras para que não
haja uma nova desatualização do processo de aposentadoria. (AE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário