terça-feira, 3 de julho de 2012

Governo quer fórmula móvel para aposentadorias Ministra Ideli Salvatti disse que é preciso adequar benefício à expectativa de vida da população


Em café da manhã com a imprensa, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que em 10 de julho se reunirá com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Garibaldi Alves, e os líderes dos partidos da base aliada, para tentar chegar a um texto sobre a substituição do fator previdenciário para, de preferência, ser votado ainda este ano.
A proposta com maior aceitação pelos líderes e que começa a ser absorvida pelas centrais sindicais é a chamada 85-95, pela qual as mulheres poderiam se aposentar com 55 anos de idade e 30 anos de contribuição (85), e os homens se aposentariam com 60 anos de idade mais 35 de contribuição (95).
Mas a ministra Ideli avisou que é preciso que, desde já, se estabeleça uma “fórmula móvel”, para que a proposta adotada não fique defasada com o crescimento da expectativa de vida da população. “Basta a expectativa de vida crescer mais cinco, dez anos, que essa fórmula 85-95 já fica defasada”, comentou Ideli, ao acrescentar que “houve sinal por parte dos líderes da possibilidade de fazermos uma espécie de fórmula móvel, adaptada, hoje 85-95, quando sobe a expectativa de vida, também sobe o resultado da somatória.” 
Ao falar das reuniões técnicas que serão realizadas esta semana e da reunião em 10 de julho, para tratar da proposta previdenciária, Ideli explicou que o governo está em busca da “melhor fórmula” para substituir o valor de cálculo das aposentadorias. 
Segundo a ministra, “tem de reestruturar a Previdência a essa nova realidade. Um debate que acho que surgiu, além da idade mínima, é que a fórmula apresentada 85 para as mulheres, somar idade com tempo de contribuição, e 95 para homens, numa expectativa de vida, num determinado patamar, ela pode ser uma fórmula adequada”. "Eu dei um exemplo concreto: fator previdenciário. É importante fazer a correção de algum tipo de injustiça que a fórmula do cálculo das aposentadorias embute no fator previdenciário. É correto isso? É. Então, vamos aproveitar isso pra dar uma reestruturada e sustentabilidade maior na previdência”, comentou a ministra, que afirmou ser importante não só fazer adaptação agora, mas que é preciso deixar uma brecha para modificações futuras para que não haja uma nova desatualização do processo de aposentadoria. (AE)


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