Os vários costumes de celebração de aniversários
natalícios das pessoas hoje em dia têm uma longa história. Suas origens acham-se
no domínio da mágica e da religião. Os costumes de dar parabéns, dar presentes e
de celebração - com o requinte de velas acesas - nos tempos antigos eram para
proteger o aniversariante de demônios e garantir segurança no ano vindouro.
Até o quarto século,
o cristianismo rejeitava a celebração de aniversário natalício como costume
pagão.É interessante notar que na bíblia há a narrrativa de apenas duas festas
de aniversário , em genesis 40:20 e Mateus 14:6 e sobre estes eventos um dos
pais da igreja , “Orígenes [escritor do terceiro século EC] . . . insiste em que
‘dentre todas as pessoas santas nas Escrituras, não se registra nenhuma delas
como tendo guardado uma festa ou realizado um grande banquete em seu aniversário
natalício. São apenas os pecadores (como Faraó e Herodes) que fazem grandes
festejos quanto ao dia em que nasceram neste mundo cá embaixo.’” — The Catholic
Encyclopedia (Enciclopédia Católica), 1913, Vol. X, p. 709. Também em adição, a
Cyclopædia de M′Clintock e Strong (1882, Vol. I, p. 817) diz que os judeus
“consideravam as celebrações de aniversários natalícios como parte da adoração
idólatra . . ., e isto provavelmente por causa dos ritos idólatras com que eram
celebrados em honra dos que eram considerados como deuses padroeiros do dia em
que a pessoa nasceu”.Note que o dia mais importante na religião conhecida como
Satanismo é o dia do nascimento pois acreditam que neste dia nasce um deus. Os
gregos dizem que cada um tinha um espírito protetor ou gênio inspirador que
assistia seu nascimento e vigiava sobre ele em vida. Este espírito tinha uma
relação mística com o Deus em cujo aniversário natalício o indivíduo nascia. Os
romanos também endossavam essa ideia. O costume de acender velas nos bolos
começou com os gregos. Bolos de mel redondos como a lua e iluminados com velas
eram colocados nos altares do templo de Ártemis. As velas de aniversário, na
crença popular são dotadas de magia especial para atender pedidos. Acreditava-se
também que as saudações natalícias tinham poder para o bem ou para o mal, porque
a pessoa neste dia supostamente estava perto do mundo espiritual. - The Lore of
Birthays (New York 1952), de Ralph e Adelin Linton, pág.8, 18-20.
Outras obras de referência entram em consideráveis
pormenores sobre a origem das celebrações de aniversários natalícios: ‘As festas
de aniversários natalícios começaram anos atrás na Europa. As pessoas criam em
espíritos bons e maus, às vezes chamados de fadas boas e más. Todos temiam que
esses espíritos prejudicassem o aniversariante, de modo que ele ficava cercado
de amigos e parentes, cujos votos de felicidade, e sua própria presença, o
protegeriam contra os perigos desconhecidos que o aniversário natalício
apresentava. Dar presentes resultava em proteção ainda maior. Uma refeição em
conjunto fornecia uma proteção adicional e ajudava a trazer as bênçãos dos
espíritos bons. Portanto, a festa de aniversário natalício destinava-se
originalmente a proteger a pessoa do mal e garantir que tivesse um bom ano.’
— Birthday Parties Around the World (Festas de Aniversário em Todo o Mundo),
1967. Este livro também explica a origem de muitos costumes relacionados com
aniversários natalícios. Por exemplo: “O motivo [de se usarem velas] remonta aos
antigos gregos e romanos, que criam que círios ou velas tinham qualidades
mágicas. Eles oravam e faziam pedidos a ser levados para os deuses pelas chamas
das velas. Os deuses enviariam então suas bênçãos e talvez respondessem às
orações.”
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