Amigos,
Eis ai, o motivo de o governo federal dizer que a Previdência Social é deficitária. Está provado que a Previdência tem dinheiro, sim, para recompor as perdas dos aposentados e pensionistas que estão perdendo cada vez mais a sua diminuta renda.
Divulguem este artigo aos seus amigos aposentados, pensionistas, trabalhadores da ativa e contribuintes autônomos. O Brasil precisa saber deste estelionato.
Odoaldo
30/07/2012 - Deu na Imprensa
Seguridade Social bilionária - artigo
por Anfip
30/07/2012 - A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (ANFIP) e a sua Fundação de Estudos da Seguridade Social divulgaram o documento Análise da Seguridade Social de 2011, com um estudo sobre as contas da Previdência Social e a execução do Orçamento da Seguridade Social.
Com este trabalho, fica reiterado que enquanto o governo se queixa de falta de dinheiro para programas sociais e ameaça fixar idade mínima para as aposentadorias do setor privado ou mexer no regime de pensões por morte, há dinheiro a rodo nas contas do sistema de proteção social que dá cobertura às ações na Saúde, Assistência e Previdência Social.
A união, no ano passado, arrecadou R$ 528,19 bilhões decorrentes das contribuições sociais. Aí estão incluídos os ingressos mais expressivos de receita vindos da contribuição previdenciária (R$ 245,89 bilhões), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins - R$ 159,89 bilhões) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (R$ 57,84 bilhões).
A Seguridade ainda conta com as arrecadações de mais de R$ 42 bilhões do Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do SERVIDOR PÚBLICO (Pasep), unificados desde 1976, e cujos recursos subsidiam o seguro-desemprego e o abono salarial dos trabalhadores. Também se contabiliza, entre outros ingressos, os R$ 3,40 bilhões dos concursos de prognósticos (loterias oficiais).
Na outra ponta da balança orçamentária estão as despesas ou programas de transferência de renda que, segundo a ANFIP, na depuração das rubricas, revela que, em 2011, totalizaram R$ 451,00 bilhões. Esse montante superou em 12,3% os valores de 2010 principalmente em razão da elevação dos valores dos benefícios previdenciários e dos gastos na Saúde. As aposentadorias e pensões do INSS foram reajustadas pelo INPC de 2010 e o valor mínimo teve aumento real, acompanhando a elevação do salário mínimo. Na Saúde, os gastos totalizaram R$ 72,33 bilhões.
O maior desembolso do Orçamento da Seguridade Social foi de R$ 281,44 bilhões com as aposentadorias, pensões e auxílios rurais e urbanos do Regime Geral de Previdência Social, administrado pelo INSS. O Fundo de Amparo ao Trabalhador também distribuiu benefícios da ordem de R$ 34,17 bilhões, entre seguro-desemprego e o abono salarial. Há ainda os R$ 23,35 bilhões de benefícios de prestação continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), aos idosos e às famílias com pessoas com deficiência de baixa renda. Também conta a importância de R$ 1,76 bilhão relativa aos benefícios da Renda Mensal Vitalícia a idosos e deficientes. Já o Bolsa Família registra o maior aumento (24,3%) em repasses.
Ao fim, o estudo revela que sobraram mais de R$ 77 bilhões na Seguridade Social em 2011. Se considerarmos os resultados positivos revelados pela ANFIP desde 2008, temos um superávit acumulado de mais de R$ 230 bilhões. Aonde foi parar este dinheiro, que não para melhorar benefícios, para reduzir os problemas do sistema caótico de saúde, para minimizar a desigualdade no território nacional?
Pois uma parcela expressiva destas sobras ficaram retidas nas burras federais, com a chancela do mecanismo chamado Desvinculação das Receitas da União (DRU), aprovado pelos congressistas e dando carta branca ao Palácio do Planalto para gastar a seu livre-arbítrio 20% das contribuições sociais, exceto a contribuição previdenciária.
Vilson Antonio Romero
Jornalista, auditor fiscal da RFB
Foi em 1999 que aquele perito russo publicou o livro "Os Jogos em Torno de William Shakespeare", no qual fez o balanço das suas pesquisas, realizadas no decurso de 40 anos. Na altura, o livro de Guililov provocou sensação no meio dos especialistas. Na sua monografia, o autor cita o nome daquele que, sob o pseudónimo de Shakespeare, terá escrito as célebres peças teatrais, poemas e sonetos. De facto, trata-se de duas pessoas que formavam um excelente casal "platónico" - o excêntrico Roger Manners, o quinto conde de Rutland e a sua jovem esposa Elizabete, filha do ilustre poeta inglês Philip Sidney.
Importa referir que a "questão de Shakespeare", surgida há quase 400 anos, coloca num impasse o seu percurso histórico e literário. Acontece que Shakespeare não deixou nem um manuscrito, nem alguma carta ou testemunho da sua existência a não ser uma única coisa - um testamento que, em termos de estilo literário, parece muito peculiar e estranho. Ao mesmo tempo, vários poetas daquela época menos conhecidos dispõem de dados pessoais muito mais sólidos.
Mais um facto interessante - a morte do famoso poeta não provocou grande repercussão, enquanto o falecimento do poeta Ben Jonson, contemporâneo de Shakespeare, teve uma ampla ressonância nos círculos literários de então. No que se refere ao testamento, hoje tornou-se claro que o homem com apelido de Shakespeare, natural da vila de Stratford-upon-Avon, actor e sócio do teatro "Globo"( e que se presume ser autor de numerosas obras-primas) era analfabeto e nem sabia assinar documentos (em vez disso costumava pôr um pontinho).
Na tentativa de "descobrir o mistério", os peritos (entre eles o filósofo Francis Bacon e o dramaturgo Christopher Marlowe) avançaram uma série de hipóteses quanto aos presumíveis autores das famosas peças. O conde Rutland também constava da lista por ter sido encontrado, no castelo de Belvoir que lhe pertencia, um manuscrito com os fragmentos da peça "A Décima Segunda Noite ou o Que Você Quiser". Enquanto isso, as pesquisas levadas a cabo por C. Demlon, P. Porokhovchikov, C. Sykes levam-nos a concluir ter o conde sido o autêntico autor das obras citadas. Segundo afirmam, o actor Shakespeare terá visitado o castelo após a morte do conde, onde o irmão do falecido lhe terá entregado o dinheiro. "E o secretário acusou o facto da recepção", salientam.
Faltava dar só um pormenor. Quem o descobriu foi Guililov. Ao longo de anos ele estudou uma colectânea de epitáfios "A Vítima do Amor", editada por Robert Chester. Hoje existem apenas 4 exemplares desse livro, no qual, como revelou Guililov, os grandes poetas da Inglaterra "lamentavam a morte do conde Rutland e da sua esposa, que se suicidou após o marido ter falecido". É mais do que evidente que as obras de "Shakespeare foram da sua autoria".
O mistério foi guardado pela ordem da rainha Isabel I e, mais tarde, por indicações do rei Jacob I. Ao menos, não restam dúvidas de ambos terem conhecimento do autêntico autor das obras.
O excêntrico conde de Rutland, ainda nos tempos de jovem escolhera o pseudónimo "William Shakespeare", com o qual escreveu os dois primeiros poemas - "Vénus e Adónis" e "O rapto de Lucrécia". Passado algum tempo, veio a saber que existia um homem com este mesmo nome de William Shakespeare, um bêbado brutal e espertalhão analfabeto. Num ambiente de mistificações tão em voga naquela altura, surgiu a ideia de transformar o ignorante numa pessoa educada e até genial. Todavia, a mistificação exigia muito esforço e elevados meios financeiros. Mesmo após a morte do conde (ele morreu com 35 anos em 1612), os mistificadores - a condessa do Pembroke e o seu filho, prestando homenagem ao génio de Rutland, decidem esperar pela morte do ignorante oriundo de Stratford. Já depois do seu falecimento, nessa vila foi erguido um busto cómico do grande Shakespeare e, mais tarde, veio a lume o primeiro volume das obras de William Shakespeare com o seu retrato e uma nota biográfica falsos. Foi assim que surgiu o mito sobre o grande poeta Shakespeare.
Ilia Guililov conseguiu descobrir o mistério graças à meticulosa análise da "Vítima do Amor". Por isso, o seu nome entrou na história da literatura mundial. Um grupo dos seus adeptos já propôs apresentar a sua candidatura ao prémio Nobel.
Curioso acentuar que na Inglaterra, a descoberta de Guililov passou despercebida e o seu livro nem sequer foi traduzido. Verdade seja, o mesmo acontece com muitas outras obras dele que, em maior ou menor grau, lançam luz sobre uma das maiores mistificações na história da literatura mundial.
Anatoli Korolev observador político RIA "Novosti"