domingo, 2 de outubro de 2011

A vida fala em cada experiência.

A gente morre de medo da morte. Se começa a doer, a gente logo se rende. Mas, primeiro, gri­ta de dor, se revolta e não aceita:
- Como eu estou doente? Como a minha vida está assim?
Chega o dia, no entanto, em que você se rende, por­que a vida é mais forte. Então, você dá a mão à palmató­ria e diz a grande frase que todos nós deveríamos dizer sempre:
- Olha, Deus, seja feita a Sua vontade. Está tudo perdido mesmo. Eu vou morrer? Então vou morrer. Vou passar por uma cirurgia? Então vou passar. Vou ficar sozi­nho? Então vou ficar.
No momento em que você se rende, se rende à vida e deixa a vida guiá-Io. A vida é sempre muito gentil, muito leve, muito amorosa. A vida é uma grande mãe que o abri­ga no seio dela. E quando você cede para ela, quando sai da arrogância e das ilusões, a vida o dirige com nobreza, com profundidade, com uma elegância que só Deus tem, porque Deus é um ser de muita elegância, tem um senso de humor, de alegria e de leveza muito grande. É uma pena que a gente pense que Deus tem cara de homem. Por que será que não tem cara de mulher? É porque a gente está sempre achando que o homem tem que mandar.
Na espiritualidade, a gente vale o que é. Não é o sexo que conta. Claro que a gente continua com o sexo, mes­mo depois da morte, porque estamos habituados com uma série de coisas que para nós ainda é importante. Mas a vida é muito grande. Deus tem a cara de todo mundo. Seria tão bom se a gente pensasse: "Ah, todo mundo tem a cara de Deus ... " Olhe para o seu filho, ele tem a cara de Deus. Olhe para o cachorro, tem a cara de Deus. Tudo o que você olhar em volta, até a barata, tem a cara de Deus, porque Deus é uma coisa muito grande que está em tudo. E a gente precisa sentir esse tudo, essa grandeza na vida da gente.
Por isso, se você está desesperado, é porque anda sozinho. Esqueceu de carregar consigo as forças da vida. Deus acompanha a gente constantemente. Nas nossas ilusões, contudo, a gente pensa que está só, pensa que está sem as forças divinas. Mas como você estaria vivo se as forças divinas não estivessem fazendo você viver, se não estivessem dirigindo o seu corpo, o seu metabolis­mo? Se não estivessem garantindo o dia seguinte, o sol no lugar dele, garantindo você aí no seu corpo, garantin­do o seu dia-a-dia? Como se poderia sobreviver sem isso, minha gente? Impossível.
Às vezes, na nossa lucidez, somos arrogantes. No fundo, sabemos que somos Deus também, mas na cons­ciência pensamos que temos que fazer tudo sozinhos. En­tão, quebramos nossas ligações com as forças divinas em nós e os obstáculos aparecem e tudo fica parado até você voltar-se para dentro e dizer:
- Espera lá. O caminho que estou seguindo não vai me levar à felicidade. Eu não posso ir sozinho. Eu e Deus somos um.
Nesta hora as forças do Universo voltam a fluir em sua vida e tudo começa a andar de novo. Mas não adian­ta só falar, é preciso agir de acordo com o que se crê.
Deus só faz através de você. Por isso, contar sempre com Ele é o segredo dos que parecem ter sorte. A sorte não existe, minha gente! Tudo é a gente que de uma ou outra forma faz acontecer.
Para se sentir seguro é preciso contar com o invisível. Só o invisível dá alguma garantia. O visível é inconstante e passageiro, mas Deus que é o invisível é que garante o milagre'.
Não existe este "eu isolado", pois tudo está integrado.
Se você pensa estar isolado e que por isto tem que fazer tudo sozinho, então está pondo de lado os poderes invisíveis e é por isto que tudo pára e se complica.
Lembre-se: Eu e Deus somos um!
 
Calunga.

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