Antes da revolução, a França era um dos mais importantes redutos que simbolizavam a supremacia do Estado absolutista. O rei tinha poderes ilimitados e poderia fazer de suas vontades o princípio de uma lei. Para que tivesse tantos poderes em mãos, contava com o apoio do Clero e da Nobreza. Assim como o monarca, os integrantes dessas duas classes sociais usufruíam de ampla riqueza e privilégio.
Contudo, nos fins da década de 1780, as desigualdades e a miséria que permeavam o cenário político-econômico francês colocaram a burguesia e as camadas populares contra o regime. No ano de 1789, não mais suportando a intransigência do rei Luis XVI, os membros da burguesia impuseram a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte que transformaria o país.
Apesar de uma nova constituição, a situação das camadas populares ainda era bastante delicada. Para piorar, a crise econômica se agravou e as demais nações europeias passaram a organizar tropas contra a França revolucionária. No dia 2 de junho de 1793, os chamados sans-cullotes tomaram o governo francês e promoveram a expulsão de todas as lideranças políticas conservadoras.
A expressão sans-cullotes tem origem francesa e era utilizada para quem não utilizava um tipo de calça curta típica do vestuário dos nobres e burgueses que tinham boa vida. Inicialmente, visto como elemento de distinção social, os sans-cullotes usavam calças compridas e boinas vermelhas. Em geral, representavam os pequenos comerciantes, artesãos, assalariados, camponeses e mendigos do país.
No contexto da revolução, os sans-cullotes passaram também a simbolizar os grupos políticos que defendiam o aprofundamento das reformas políticas e a tomada de ações de natureza popular. No período em que estiveram no poder, os membros desta classe oficializaram o tabelamento dos preços e impuseram violenta perseguição política àqueles que pudessem ameaçar a revolução.
Carentes de um projeto político mais claro e consistente, os sans-cullotes se viram obrigados a repassar o governo para as mãos da alta burguesia. Mesmo perdendo o papel de líderes da Revolução Francesa, os sans-cullotes acabaram simbolizando a reviravolta que se desenvolvia no país. Com o passar do tempo, sua imagem se tornou sinônimo de luta contra as desigualdades e das próprias camadas populares.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Apesar de uma nova constituição, a situação das camadas populares ainda era bastante delicada. Para piorar, a crise econômica se agravou e as demais nações europeias passaram a organizar tropas contra a França revolucionária. No dia 2 de junho de 1793, os chamados sans-cullotes tomaram o governo francês e promoveram a expulsão de todas as lideranças políticas conservadoras.
A expressão sans-cullotes tem origem francesa e era utilizada para quem não utilizava um tipo de calça curta típica do vestuário dos nobres e burgueses que tinham boa vida. Inicialmente, visto como elemento de distinção social, os sans-cullotes usavam calças compridas e boinas vermelhas. Em geral, representavam os pequenos comerciantes, artesãos, assalariados, camponeses e mendigos do país.
No contexto da revolução, os sans-cullotes passaram também a simbolizar os grupos políticos que defendiam o aprofundamento das reformas políticas e a tomada de ações de natureza popular. No período em que estiveram no poder, os membros desta classe oficializaram o tabelamento dos preços e impuseram violenta perseguição política àqueles que pudessem ameaçar a revolução.
Carentes de um projeto político mais claro e consistente, os sans-cullotes se viram obrigados a repassar o governo para as mãos da alta burguesia. Mesmo perdendo o papel de líderes da Revolução Francesa, os sans-cullotes acabaram simbolizando a reviravolta que se desenvolvia no país. Com o passar do tempo, sua imagem se tornou sinônimo de luta contra as desigualdades e das próprias camadas populares.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
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