terça-feira, 17 de abril de 2012

Revolução Francesa - Convenção Nacional



A Convenção: o auge da agitação política na França.
A mobilização dos exércitos populares gerou uma nova etapa na Revolução Francesa. Dispondo das armas e favoráveis à radicalização do processo revolucionário, os sans-cullotes tornaram-se maioria nas sessões da assembléia francesa. Em conseqüência ao predomínio das alas radicais, o novo governo ordenou a execução de Luís XVI em janeiro de 1793. Assustados com a radicalização do processo, os países absolutistas resolveram se mobilizar contra a revolução.
A Inglaterra, que temia a concorrência comercial de uma fortalecida burguesia francesa, financiou os exércitos da Primeira Coligação. Formado por tropas, espanholas, austríacas, prussianas e holandesas um exército internacional se juntou contra a revolução. Ao mesmo tempo em que esses exércitos se organizavam, a instabilidade política e econômica tomava o país de assalto.
Em junho de 1793 os jacobinos impeliram os sans-culottes a perseguir e prender os girondinos. Com isso, Marat, Hébert, Danton e Robespierre formaram a chamada Convenção Montanhesa ou Jacobina. Nessa nova etapa, a Convenção passou a contar com uma série de comitês responsáveis por diferentes tarefas.
O Comitê de Salvação Nacional era responsável por conter as revoltas internas. O Comitê de Salvação Publica comandava os exércitos e administrava as finanças públicas. Por último, o Tribunal Revolucionário prendia e julgava os traidores da revolução.
A instabilidade política e o clima de desordem pioraram entre 1793 e 1794. Sob o mando de Robespierre o chamado Terror se instalou nas ruas de Paris. Várias pessoas, consideradas traidoras do ideal revolucionário, foram julgadas e executadas sumariamente. Várias leis de forte apelo popular foram instauradas.
O tabelamento dos preços, estabelecido pela Lei do Preço Máximo, tentava controlar o processo inflacionário da economia. Vários bens da Igreja e da nobreza foram vendidos em leilões públicos. O ensino público gratuito também foi outra grande medida dos revolucionários jacobinos. No plano exterior, ordenaram o fim da escravidão colonial incentivando novos processos de independência no continente americano.
A onda de prisões e assassinatos, a pressão das forças militares externas e o enfraquecimento da economia causaram a desorientação dos radicais. A desordem chegou a tal ponto que os próprios jacobinos foram vitimas de perseguição política. Perdidos no calor dos problemas que afligiam a revolução os jacobinos pereceram frente ao golpe político organizado pela burguesia.
Em 27 de julho de 1794, os girondinos retiraram Robespierre do comando da Convenção. Com a volta do projeto político da alta burguesia, as leis populares foram revogadas e uma nova constituição elaborada. Os setores populares foram excluídos dos quadros políticos. O novo governo seria exercido por um diretório escolhido por cinco membros escolhidos pelos deputados.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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