Acho que a vida se parece menos com um supermercado e mais como uma longa peregrinação.
Mas acontece que nos pegamos distraídos, fazendo de conta que estamos vivendo um supermercado. Carregamos tanto o nosso carrinho com tanta coisa supérflua e desnecessária. Uma carga inútil para o nosso bolso e para a nossa saúde.
Vamos às compras às vezes sem necessidade e pegamos muita coisa que nem precisamos... e de repente nem vamos usar.
Distraidamente podemos encarar a vida dessa maneira, pegando as coisas por impulso, sem questionar se isso vai nos completar ou tem a ver com a nossa real necessidade.
Carregamos também tanta coisa tóxica, inveja, raiva, ressentimentos, culpa, indignação, tudo para fazer peso morto na nossa jornada.
Podemos no entanto, encarar a vida como uma longa peregrinação. Carregamos apenas aquilo que cabe na nossa mochila. Colocamos apenas aquilo que conseguimos carregar.
Se queremos ter a capacidade de carregar mais coisas, precisamos nos fortalecer emocionalmente e espiritualmente.
Nos primeiros estágios dessa peregrinação, aprendemos que se sairmos catando tudo que aparece pelo caminho, vai chegar uma hora que os ombros vão sentir que não podem mais. É hora de descartar alguma coisa.
Assim, aprendemos a noção de prioridades, necessidades e especialmente a temporalidade dos itens que carregamos.
Algumas coisas que carregamos na mochila, são tão importantes e úteis, que as utilizamos por todo o trajeto – honestidade, generosidade, amor, compaixão dentre tantas outras.
Há ainda, coisas que tornam a nossa peregrinação mais fácil e produtiva, a resiliência, a superação, a persistência.
Outras coisas, entram na nossa mochila temporariamente e aprendemos a descartá-las logo que nos damos conta da sua inutilidade – orgulho, raiva, vingança, culpa, inveja.
(Seja Feliz - Beco)
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