sexta-feira, 16 de março de 2012

Professores são recebidos na Câmara Municipal e na Prefeitura


Professores são recebidos na Câmara Municipal e na Prefeitura

O segundo dia de greve dos professores, além de panfletagem na Praça Dr. Pio pela manhã, contou com reivindicações de docentes filiados ao Sindicato dos trabalhadores em Educação do Rio Grande (Sinterg) e Cpers/Sindicato na Câmara Municipal à tarde. Após, três professoras do Município foram à Prefeitura Municipal entregar um documento com solicitações da categoria.
Pela manhã, no calçadão, foram distribuídos panfletos com esclarecimentos aos pais de alunos e à comunidade, com os motivos que levaram os educadores a paralisar as atividades por três dias. Na Câmara Municipal, por volta das 14h30min, uma comissão de professores, composta por integrantes do Sinterg e do Cpers protocolaram a solicitação de marcação de Audiência Pública para discutir o Plano de Carreira dos professores municipais. Segundo a coordenadora geral do Sinterg, Suzane Barros Acosta, o Município ainda não cumpre o parágrafo 4º, do Artigo segundo da Lei do Piso, referente à hora-atividade. As docentes também solicitam a retomada das negociações para as alterações no Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, e na qual, os trabalhadores em educação são parte fundamental.
Na ocasião, os dirigentes sindicais e professores foram recebidos pelos vereadores Thiago Gonçalves, o Thiaguinho (PMDB), Cláudio Costa (PT) e Luiz Francisco Sportorno (PT), e pelo diretor-geral Elci Florêncio. A solicitação foi protocolada e os vereadores comprometeram-se a encaminhar a proposta ao presidente Wilson Batista Duarte Silva - Kanelão (PMDB), para as devidas providências.
Na Prefeitura, as professoras do Município entregaram ao prefeito Fábio Branco um documento com diversas solicitações da categoria. Entre elas, Suzane citou a imediata publicação da data do pagamento do piso retroativo à janeiro; os pagamentos retroativos de janeiro à dezembro de 2010; a imediata abertura da comissão que estuda o plano de carreira; e a implantação da hora-atividade. A coordenadora do Sinterg não concorda, por exemplo, com o fato de a bonificação paga a um professor com mestrado ou doutorado seja a mesma de um professor com especialização. Ela também disse discordar do fato de que um professor tenha que trabalhar 32 anos para receber o salário máximo da categoria.
Tanto o presidente da Câmara Municipal, vereador Kanelão, quanto o titular da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec), Luiz Arthur Dornelles, informaram não ter tomado conhecimento das solicitações, até o fim da tarde de ontem. No entanto, Dornelles esclareceu que já está sendo elaborada a minuta para a convocação dos membros que farão parte da comissão que estuda o plano de carreira, mas ainda não existe uma data para a formação da comissão, que ainda passará pela aprovação do prefeito. Os pagamentos retroativos de janeiro, fevereiro e março, conforme o secretário, serão pagos em abril e os retroativos de janeiro à novembro de 2010 estão ainda em estudo. Ele disse que neste período, de início de ano, a secretaria está mais preocupada em colocar professores em sala de aula, já que ainda existe um déficit de educadores.
Suzane contestou também informação publicada na edição desta quarta, 14, neste jornal, a respeito do número de adesão à greve no Município. Segundo ela, cerca de 80% dos professores do Município aderiram à paralisação e não 20% como foi publicado. O levantamento (de cerca de 20% de adesão) é da Smec que contatou a direção das 64 escolas do Município. De acordo com o levantamento, três escolas paralisaram totalmente e 393 professores faltaram no primeiro dia da greve. Levando em conta que o Município conta com 2.076 docentes, o número de faltantes representaria quase 19% do quadro total.
Na opinião da sindicalista, as informações passadas para a Smec podem ter sido distorcidas para não haver cobrança das horas em que os professores estiveram em greve. O secretário, por sua vez, disse que os números são sérios e que o Sinterg está faltando com a verdade quando diz que mais de 50% dos professores estão em greve. “Fico com dificuldade até de conversar, porque eles dizem coisas que não são verdade”, finalizou Dornelles.
Fonte:Jornal Agora
Rio Grande-RS

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