terça-feira, 20 de março de 2012

Justiça britânica analisa caso de homem com paralisia que quer morrer


Leiam esta matéria retirada do Yahoo notícias:
Londres, 12 mar (EFE).- O Tribunal Superior de Londres aceitou nesta segunda-feira o trâmite do caso de um britânico com paralisia total e plenas faculdades mentais que pede proteção legal para que os médicos possam ajudá-lo a morrer sem o risco de serem acusados de assassinato.
Tony Nicklinson, de 58 anos, tem paralisia completa do pescoço para baixo ("Locked-in Syndrome", em inglês) desde 2005, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), que não afetou seu cérebro, mas o impede de se suicidar.
O paciente britânico levou seu caso ao Tribunal Superior, que nesta segunda aceitou que suas reivindicações sejam ouvidas.
O caso possui grande relevância, já que o Ministério da Justiça argumenta que o pedido de Nicklinson - proteção legal contra acusações de assassinato para um médico que o ajude a morrer - modificaria a legislação atual sobre o assassinato, algo que só o Parlamento pode fazer.
A decisão do juiz de admitir o caso indica que serão levados em conta nas próximas audiências judiciais os depoimentos de médicos sobre o caso desse paciente, pai de duas filhas.
Após ser informada que o tribunal deu sinal verde para o prosseguimento do caso de Nicklinson, sua esposa, Jane, leu um comunicado à emissora "BBC" no qual expressou sua satisfação pelo fato "de que assuntos relacionados à morte assistida possam ser debatidos em um tribunal".
A mulher declarou que seu marido "quer apenas saber que existe uma saída quando o momento chegar" e considerou que "já não é aceitável que a medicina atual seja governada por atitudes do século 20 sobre a morte".
Segundo o advogado que representa o Ministério da Justiça, David Perry, a postura de Nicklinson "diz que um tribunal deveria autorizar e permitir de forma legítima a ação deliberada de um paciente que queira morrer".
"Isso não é e não pode ser a legislação que rege a Inglaterra e o País de Gales, a menos que o Parlamento determine o contrário", ponderou. EFE
Fonte: Yahoo Notícias em 12/03/12
Comentários de algumas pessoas sem crenças espiritualistas e opinião à luz espírita
Veja o que algumas pessoas opiniram acerca do assunto em um Fórum, na própria matéria:
Marcelo.. •  Belo Horizonte, Minas Gerais: se eu estivesse na situação dele também pediria para aliviar meu sofrimento;
Keilla Ribeiro  •  Anápolis, Goiás:  A única coisa que sei é que todos nós temos o livre arbítrio, Deus nos concedeu isso, mesmo que venhamos a optar pelo errado ainda assim é nosso direito decidir o q queremos ou não!!!
Marcelo  •  São Paulo, São Paulo: eu concordo... só ele mesmo pode saber o inferno que vive... se ele está lúcido e a família apoia, deixa o coitado pelo menos morrer em paz. pra que continuar vivo desse jeito??;
Clecio  •  São Paulo, São Paulo: viver é um direito ou uma obrigação???;
Escorpião Rei  •  São Paulo, São Paulo: Eu penso que o direito de morrer deve sim ser debatido, e legalizado porque não é justo deixar uma pessoa sofrendo , porque algum religioso idiota que nunca passou por sofrimento sem solução, colocaram essa ideia na cabeça dos magistrados, o que é trágico...;
Jamille  •  Rio De Janeiro, Rio De Janeiro; Ele fez a sua escolha diante das suas limitações...Imagine uma pessoa que tinha uma vida normal e depois se deparar em uma cama sem os movimentos, depedente o tempo todo das pessoas para todas as suas necessidades fisiológicas. Espero que a ética saiba respeitar nesse momento de livre arbítrio;
APY  •  Parobé, Rio Grande Do Sul: Só é contra a eutanásia quem não está na situação de vida vegetativa, sem nenhuma chance de recuperação. Aqueles que acreditam em um ser superior (deus ou lá o que seja) que fiquem definhando até a morte e não se metam na vida dos outros.
Pessoal, o tema é complexo e envolve vidas de seres humanos, mas sobretudo a sobrevida do espírito, que é eterno.
Os comentários acima demonstram claramente a mentalidade de uma sociedade materialista e imediatista, que só consegue vislumbrar o hoje, o agora, sem suspeitar de toda a vida espiritual que resiste à morte e, portanto, sem entender os mecanismos que a envolve para conduzir o espírito à evolução.
Separamos um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. V, item 28) em que comenta sobre o desejo de abreviar o sofrimento pelo extermínio da vida corpórea:
"Será lícito abreviar a vida de um doente que sofra sem esperança de cura?
Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim?
Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para dai o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar idéias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?
Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância.
Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.
O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é inapto a compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além-túmulo, conhece o valor de um último pensamento. Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o  puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro."
S. Luís. (Paris, 1860.)
Para refletir...
Piedade assassina
A eutanásia é uma questão de lógica. Se partirmos da premissa que a morte é o fim, chegamos naturalmente à conclusão de que matar um doente incurável ou uma criança é um ato de piedade. Mas se partirmos da premissa de que a morte é apenas o fim de uma existência, nossa piedade será assassina.
Uma premissa falsa nos leva a um raciocínio criminoso, para raciocinar de maneira certa precisamos dispor de dados certos sobre o problemas que enfrentamos. O materialismo só conhece o corpo e não leva em conta a existência da alma. Ignora por completo o sentido da vida. Seu raciocínio sobre a eutanásia se funda na ignorância.
O espiritualista sabe que a alma sobrevive ao corpo, mas nem todo espiritualista conhece o processo da vida.
Seu raciocínio sobre a eutanásia pode levá-lo a um sofisma. Mas o espírita sabe que a vida é um processo de evolução e que cada existência corpórea é o resultado das fases anteriores desse processo.
O espírita dispõe de dados seguros e precisos sobre o fenômeno biológico da morte. Esses dados, obtidos nas experiências científicas do Espiritismo, estão hoje sendo confirmados pelas pesquisas parapsicológicas e físicas sobre o transe da morte. Basta a descoberta do corpo bioplasmático pelos físicos e biólogos para advertir os espíritos sistemáticos de que podem estar enganados.
Os inquisidores medievais queimavam os supostos herejes em nome da caridade, para livrá-los do fogo eterno do inferno. Os materialistas atuais pretendem abreviar a morte em nome da piedade racional. Elas por elas, temos o dogmatismo da ignorância tripudiando sobre os direitos da vida. A mensagem de EMMANUEL é uma advertência da razão esclarecida e deve ser meditada em todos os termos. Não basta lê-la, é preciso estudá-la.
Fonte: Espiritismo.net (Irmão Saulo)
*Recebi por e-mail

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