terça-feira, 6 de março de 2012

O Velhinho e o Palestrante

Autor Desconhecido
Adapatação: Luz Espírita
Ele era um renomado orador e palestrante, dizia que gostava de passar o que sabia, ensinar o que havia aprendido. Mas infelizmente, era  igual a tantos, que correm atrás da fama e que gostam de ter mais e mais ouvintes, gostava de ser chamado nas Casas Espíritas, para fazer suas palestras.
Havia um velho, de idade muita avançada, que gostava de ouví-lo e por onde ele palestrava, o idoso com todas as suas dificuldades, se dispunha a ir e ouvir o que ele dizia.
Ao final de cada palestra, o palestrante arrumava o seu material, os seus livros e anotação e se dirigia para a porta de saída, com o peito estufado e orgulhoso. O velhinho o olhava passar e ele, apesar vê-lo em todas as palestras, sequer o comprimentava.
Passou-se os anos e o palestrante notou que o velhinho havia desaparecido:
- Ora, morreu ou encheu o saco! - pensou o palestrante.
O palestrante, segui seu caminho, orando pelas Casas Espíritas e a cada dia ficava mais famoso pela sua capacidade de explanação e orgulhoso da assistência e audiencia que recebia. Em pouco tempo, recebeu convites para entrevistas em rádios e televisões. Suas palavras iam longe. Já chamavam-no de mestre!
Mas, chegou o seu dia, aquele que determina o fim da missão.
Qual foi a sua surpresa! Ele esperava acordar do outro lado em uma Colonia Espitual, cercado de amigos e feliz, afinal, ele achava que tudo o que fez durante a sua caminhada terrena, havia lhe dado merecimento para receber melhor tratamento.
Ele sentiu-se perdido, sozinho e sem saber o que fazer. Logo o desespero tomou conta do seu espírito e acabou por leva-lo a escuridão e a cegueira. Caminhava, pensava e sentia-se cada vez mais sozinho. Esqueceu-se de tudo o que aprendeu. Clamava por justiça. Gritava por socorro. Em sua volta somente escuridão. Mas, depois de anos de agonia e sofrimento, ele lembrou de orar. E, fez uma prece.
Sentiu por instantes, seu espírito se aquecer e encontrou um pouco de paz. Lembrou-se então das suas palestras e mais uma vez fez uma prece, a qual retirou de dentro do seu coração.
Ele viu um ponto de luz e caminhou até ele, cada passo sentia sua fé aumentar, precisava chegar e a luz ficava mais forte. De lá veio ao seu encontro um ser luminoso, a sua claridade cegava-lhe os olhos e ele não podia ver quem era.
Aquele ser luminoso ao alcança-lo, estendeu-lhe a mão e o palestrante a segurou:
- Você? - Perguntou mais uma vez surpreso.
- Sim sou eu, meu amigo! - respondeu-lhe o ser.
- Como? Eu que ensinava e fiz tanto por tanta gente, fiquei nesta situação? E você, somente escutava!
- Ora meu amigo - respondeu o ser iluminado - eu vivia conforme tu me ensinava!
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O grande mestre é aquele que ensina e vive os seus ensinamento!
Se não encontreis um verdadeiro mestre para seguir, converte a ti mesmo em mestre. Em última instância, sejais teu discípulo e teu mestre.

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