domingo, 4 de dezembro de 2011

OS 10 ERROS METAFÍSICOS MAIS COMUNS

Quando começamos a transitar o caminho espiritual, procuramos a perfeição nas nossas vidas. Tratamos de melhorar o nosso carácter, costumes, ideias, alimentação, e até a vida social.

Às vezes, fazemos sacrifícios com o fim de alcançar uma vida mais plena e feliz; no entanto, muitas vezes não chegamos ao estado de êxtase ou plenitude que desejamos.
A decepção pode levar-nos a rejeitar a disciplina que tínhamos empreendido, ou no pior dos casos, pode desmoralizar-nos a tal ponto de pensar que “Deus se esqueceu de nós”. Qualquer que seja a reacção, esta só nos está a assinalar que cometemos um erro. E um erro pode ser corrigido.
O Universo funciona como um grande computador: É preciso saber pressionar as teclas adequadas para obter o que se deseja. Quando não o fazemos, o computador pára, espera fria e silenciosamente o sinal eléctrico correcto. O Universo tem as suas “teclas” e a metafísica ensina-nos.
Quais são? Algumas escolas esotéricas tergiversaram estes ensinamentos, talvez sem nenhuma má intenção, com o que levaram muitas pessoas a cometer erros e a frustrar-se nas suas expectativas.
Alguns dos erros mais comuns são os seguintes:
1. ENVOLVER-SE NUMA BOLHA DE PROTECÇÃO, OU NUMA LUZ, OU EM COR, OU EM ANJOS, OU EM QUALQUER OUTRA FORMA QUE PROTEJA DOS PERIGOS QUE EXISTEM FORA
A única coisa que consegue este tipo de exercícios é fomentar a ideia de que alguma coisa externa pode ter mais poder do que nós. A nossa mente percebe que há alguma coisa aí fora que pode, por exemplo, magoar-nos ou fazer-nos mal. Mas, segundo os ensinamentos espirituais, TUDO É DEUS; portanto, nada nos pode fazer mal. Na realidade, deveríamos praticar algum tipo de exercício de reconhecimento da segurança pessoal. Este exercício poderia dizer: “Vá onde vá, estou sempre a salvo, estou rodeado de irmãos, vivo no mundo que Deus criou e só vejo amor em todas as partes”. Em síntese, ao escolher que exercício mental ou meditação fazer, deve-se procurar aquele que nos recorde a natureza divina da vida e não o perigo que percebe o nosso ego.
Muitas pessoas acreditam que repetindo certas afirmações podem transformar a sua situação pessoal, o que encerra um erro. Não são os pensamentos que determinam a nossa realidade mas sim as nossas “crenças”. Apenas os pensamentos que interiorizámos e tomamos como a nossa verdade são os que se manifestam.
Dito de outra forma, aquilo que “sentimos” internamente que é assim é o que toma forma no mundo externo.
A mente humana produz uma média de 60,000 pensamentos diários, a maioria dos quais são negativos. As afirmações são necessárias para conseguir implantar uma crença nova na nossa mente subconsciente e a repetição destas afirmações é um procedimento adequado, mas até que não juntamos a emoção ou sensação que acompanha essa ideia, não a interiorizamos como uma verdade dentro de nós.
A repetição de palavras carentes de emoção não é efectiva. Portanto, se eu repito “Vá onde vá, estou sempre a salvo” mas não me sinto realmente seguro, de nada me servirá. É necessário seleccionar exercícios mentais, meditações ou visualizações que fomentem as crenças de: paz, harmonia e prosperidade.
2. ENVIAR LUZ A OUTROS PARA QUE MELHOREM
Pode-se enviar Luz ou Energia a outras pessoas para que curem de certa doença, para que melhorem a sua situação económica, a sua vida afectiva, e demais.
A maioria de estes exercícios parece mais uma forma de manipulação do que uma verdadeira ajuda espiritual. Primeiro e principalmente: se vamos ajudar a outro, é preciso assegurar-se de que a pessoa o peça e o necessite. Se isto não acontece, temos que trabalhar com o que estamos a perceber. Porque “o problema” é alguma coisa pessoal que nos diz respeito a nós mesmos e não à pessoa que está a sofrer.
A maioria dos problemas são apenas momentos de prova que está a viver um indivíduo; são necessários e muito úteis para o “despertar da sua consciência”. Na realidade nunca sabemos desde fora quão importante pode ser para cada pessoa a situação que está a atravessar em determinado momento. Podemos perceber essa situação como alguma coisa terrível, dolorosa, injusta ou desnecessária, mas qualquer que seja a nossa interpretação nunca será correcta nem completa.
Enviar Luz a outra pessoa poderia acelerar ou entorpecer o seu ritmo pessoal. A nossa intervenção é desnecessária e, a maioria das vezes, não é mais do que um desejo egoísta de que a pessoa resolva rapidamente o seu problema porque este nos desperta angustia ou dor. Pessoalmente, recordo que uma vez se aproximou um amigo íntimo para me dizer que estava muito preocupado pela minha situação. Eu respondi-lhe que a sua preocupação não me ajudava, que se realmente queria fazer alguma coisa boa por mim, tinha que confiar em mim e saber que o meu Guia Interior me revelaria no momento adequado o que eu precisava de fazer.
Em vez de enviar Luz a outros cada vez que vejas uma situação difícil, começa por enviar-te Luz a ti mesmopara que o teu Guia Interior te faça ver a verdade que está a operar em dita situação.
3. CRER QUE VAMOS EM DIRECÇÃO A DEUS, QUE EVOLUIMOS ESPIRITUALMENTE
Não vamos em direcção a Deus, JÁ ESTAMOS EM DEUS. Tudo o que nos rodeia forma parte do grande corpo universal de Deus. Não evoluímos espiritualmente. O nosso espírito é Perfeito e Completo; não pode nem tem que evoluir.
Na realidade é um problema semântico, dado que a evolução espiritual não existe. O que queremos significar com isso é o despertar da nossa consciência para essa perfeição e quanto mais rápido o façamos, mais plenos e felizes vivemos.
Talvez o erro provenha dos ensinamentos religiosos que nos dizem que Deus “está no céu”, como se nós estivéssemos separados d’Ele. Nós e o céu somos UM, e devemos aprender a reconhecê-lo e a vivenciá-lo; nisso consiste a nossa Evolução de Consciência ou Despertar Espiritual.
4. ANGUSTIAR-SE OU PREOCUPAR-SE QUANDO UM HÁ FAMILIAR DOENTE OU ATRAVESSANDO ALGUM TIPO DE CRISE
Na nossa cultura está bem visto que as pessoas se aflijam ou sofram ao mesmo tempo que os seus seres queridos; no entanto, isso só aumenta o pesar. Se interpretamos o nosso pesar desde outro nível, isto significa que acreditamos mais no poder da doença ou da crise do que na solução.
Quando te afliges pela doença de um ser querido, agravas essa doença, dás-lhe mais força e poder. A solução é fazer um esforço pessoal e reconhecer que, mais além do nosso entendimento, há uma Inteligência Superior que está a agir e que tem o poder de restaurar completamente o nosso ser querido, se assim o desejar dita pessoa.
O mesmo acontece com qualquer tipo de problema ou crise. Se nos afligimos, é porque o nosso ego aceitou que há uma força mais potente do que o Poder Divino.
5. CRER QUE FOMOS “ELEGIDOS” POR DEUS
Muitas pessoas que estudam nas escolas esotéricas sentem-se especiais e evoluídas. Sentem que Deus os conduziu ao lugar adequado para o seu crescimento e evolução; que a informação que vai a receber é muito importante e não se pode divulgar a pessoas que não estejam tão evoluídas, porque não têm a capacidade para a entender ou para lhe dar um bom uso.
Esta presunção converte-se numa forma de arrogância, nada espiritual, que nos faz pensar que somos privilegiados, especiais, elegidos, e que os demais estão descarrilados ou perdidos na vida.
Esta forma de arrogância também se vê nas religiões que se sentem proprietárias de Deus. Se uma pessoa não segue o seu culto, está perdida. No Universo existe um só Deus e é o mesmo para Todos. Os humanos inventam diferentes maneiras de lhe render culto, criam dogmas e doutrinas, mas, em essência, todo adoramos o mesmo Deus.
Todos somos iguais perante os olhos de Deus. Para Ele, ninguém está mais adiante nem mais atrás. Ninguém vale mais nem menos. Qualquer interpretação e classificação como ser especial corresponde ao terreno do ego humano e não ao terreno do Divino.
6. SACRIFICAR-SE PELOS OUTROS
Não há nada mais inútil e insatisfatório do que sacrificar-se pelos outros. As tarefas que se façam pelos outros deverão fazer-se com amor, caso contrário, evitam-se. Tudo o que se faz com amor é prazenteiro; por tanto, não pesa nem incomoda. Pelo contrário, tudo o que se faz com sacrifício gera pressão interna, rancor, irritação, moléstia e, às vezes, até ódio.
O sacrifício pelos outros está aprovado socialmente e é muito bem visto. Podemos sacrificar-nos, por exemplo, pelos filhos, pelos pais, pelo par, pela profissão, pelos meninos desamparados, por alguém doente, pela instituição religiosa à que se pertence, pela empresa que dá trabalho. A lista poderia ser interminável e não é mais do que uma amostra da acção equivocada do nosso ego.
O sacrifício vai muito de mão dada com a manipulação. Por exemplo, uma mãe que deixou a sua vida de lado pelos seus filhos, mais tarde ou mais cedo, usará a sua posição como válida para exigir alguma coisa deles; o noivo ou noiva que muda a sua rotina e deixa certas actividades pelo outro tratará depois de exigir o mesmo.
A próxima vez que te vás a sacrificar por alguém, pergunta-te primeiro se esse alguém to pediu. A atitude de mártir não leva a Deus como muitos acreditam, só o caminho do amor. Faz as coisas com amor ou não as faças.
7. DEPENDER DE AMULETOS, ILUSTRAÇÕES RELIGIOSAS, CRISTAIS, VELAS, IMAGENS, OU QUALQUER OUTRO TIPO DE ELEMENTO
É certo que os materiais têm a sua própria energia e que o contacto com eles (em especial, com certos cristais de quartzo) produz modificações na nossa vibração pessoal e que podem ajudar-nos no processo curativo. Também é certo que algumas figuras, imagens e cores produzem reacções psicológicas que nos estimulam; às vezes para bem, outras para mal.
As ilustrações religiosas e outros objectos, tais como correntes com cruzes, estrelas de David e demais recordam-nos as nossas posturas espirituais. O problema é que a maioria destes elementos se converte em amuletos e lhes damos mais poder do que na realidade têm.
Há pessoas que se sentem indefesas sem uma cruz, a ilustração do seu santo protector, o seu cristal preferido ou qualquer outro amuleto da sua preferência. O amuleto passa a ser Deus. Viver dependente de um objecto é limitar a presença Divina a esse objecto. Deus é Omnipresente: Está aqui, além e em todas partes.
O pior acontece quando uma pessoa extravia o seu amuleto ou este se quebra. A maioria das vezes isto interpreta-se como um presságio de que alguma coisa má vai acontecer. Esta ideia é produto de crer que a pessoa se encontra sem a sua protecção e que, em consequência, as energias negativas podem afectá-la.
Vivemos num Universo Mental. “Tudo o que cremos faz-se realidade”. Porque não crer então que o melhor amuleto com o que conto é a minha natureza Divina? Nada nem ninguém nos pode despojar do que somos realmente.
8. CRER QUE UMA PESSOA PODE GUIAR OS OUTROS OU QUE PODE SER GUIADO
Sentir que graças a nós outras pessoas se iluminam ou, ao contrário, que a presença de outros nos devolve a Luz é pura ilusão do ego. O verdadeiro Guia é Interno, é a Tua Intuição, a Voz do Teu Espírito. Muitas vezes essa voz coincidirá com o que escutas de fora e pensarás que alguém te está a guiar. Mas, apenas aceites a alguém como teu ídolo, começarás a fabricar a tua própria decepção. Acontece o mesmo se alguém te entronizou e te tomou como líder; nalgum momento os problemas da tua vida pessoal o decepcionarão.
Todos aprendemos e ensinamos ao mesmo tempo. Por tal motivo, é conveniente manter uma atitude receptiva aos sinais que recebemos do nosso entorno e ver que ressonância produzem no nosso interior.
Não és o salvador nem o guia de ninguém. Nenhuma vida depende dos teus conhecimentos nem dos teus esforços. Isto é também certo ao contrário. Ninguém te resgatará nem te salvará, excepto tu mesmo.
O melhor Guia com que contamos está dentro de nós. Fala-nos com voz suave e paciente, sem nos obrigar a nada; indica-nos sempre o caminho mais curto e mais feliz, dá-nos a ideia mais adequada e a resposta que racionalmente não podemos encontrar.
Há pessoas que são muito positivas e estimulantes, e poderão ajudar-te num princípio.
Evita as idolatrias e evita também ser idolatrado. Recorda sempre que o “Guia mais válido e acertado está sempre dentro de ti”.
9. CRER QUE OS MESTRES ESPIRITUAIS SÃO AQUELES QUE NOS PROVÊM DA INFORMAÇÃO TEÓRICA
Tendemos a cair muito facilmente na crença de que as pessoas que nos ensinam são adiantadas e que superaram muitas provas nas suas vidas, Nalguns casos, isto é totalmente certo; noutros, não. O facto de que uma pessoa transmita uma determinada informação não a coloca num nível superior. Deves recordar que qualquer forma de idealização ou selectividade correspondo ao terreno do ego.
Os verdadeiros mestres espirituais são aqueles que nos põem à prova e vêem “disfarçados “ de filhos, pais, chefes, amigos, inimigos, animais, plantas e demais.
São aqueles que nos trazem problemas. Eles são os que realmente nos ensinam as lições que temos de aprender porque nos põem à prova.
Todas as religiões do mundo ensinam que Deus é Amor, que viver com Deus significa expressar Amor aos outros. Algumas pessoas assistem a templos, igrejas, ou escolas esotéricas, onde recebem esta informação, mas depois vão para as suas casas e brigam com os seus familiares, criticam os seus vizinhos, odeiam os seus chefes, os políticos, os animais, os indivíduos de outras raças ou culturas. Eles ainda não aprenderam a lição e a vida levá-los-á a enfrentar-se uma e outra vez com a mesma situação ou pessoa… Até que aprendam a mostrar Amor.
Fazendo uma comparação com o ensino tradicional, os líderes espirituais ou religiosos são os “livros” que nos dão a informação; as pessoas que nos trazem problemas são os mestres que “nos fazem o exame” para ver se passamos a prova ou não.
Existe uma Lei no Universo: Tudo o que nos incomoda, complica, atrapalha, ou tudo o que odiamos, “pega-se-nos”. Isto acontece até que aprendemos a Amar a situação.
Então, esse problema ou essa pessoa converte-se no mestre espiritual desse momento.
10. CRER QUE UMA PESSOA NÃO SE PODE IRRITAR, TEMER, OU SENTIR QUALQUER OUTRA EMOÇÃO NEGATIVA POR ESTAR NO CAMINHO ESPIRITUAL.
Esta crença leva-nos a uma grande repressão da ira e das irritações, que fazem a sua reaparição mais tarde sob a forma de rancor, critica ou rejeição.
Enquanto estamos no plano material, vivemos as sensações e as emoções deste plano.
Algumas delas são muito prazenteiras, outras não.
O ter um conhecimento intelectual acerca da acção destrutiva de certas emoções não as faz desaparecer. Uma pessoa pode saber o más que são as irritações, no entanto, não pode evitar irritar-se.
Na realidade, uma pessoa sim pode evitar irritar-se, ou assustar-se ou angustiar-se, mas isso exige um treino. Durante dito treino, há momentos em que podemos controlar a raiva e a ansiedade, e outros nos quais nada nos pode acalmar. Uma vez que a irritação aparece, o melhor é descarregá-la da forma mais positiva possível. É muito pior reprimir-se e tentar dizer: “Tudo está bem no meu mundo”, quando uma pessoa internamente está a sentir o desejo primitivo de querer atacar alguém.
A maioria das pessoas que transitam no terreno espiritual são muito exigentes consigo mesmas e pretendem erradicar completamente das suas vidas este tipo de reacções. Isto não resulta desacertado mas consegue-se através de um processo. Sê amável contigo mesmo e, de vez em quando, dá-te a licença de maldizer, bater numa almofada, gritar, chorar e expressar, como melhor te resulte, todas as emoções negativas que te toca viver.
A maioria dos erros aqui enunciados está gerada pela atitude crítica do nosso próprio ego. O ego não pode desaparecer porque precisamos dele para agir neste plano. A “solução” é pô-lo alinhado com o nosso espírito.
Amavelmente, podemos dizer-lhe ao ego que: “A partir de agora, deverá seguir as indicações de um novo Mestre amoroso, amável, paciente e permanente, que nunca julga e que sabe que sempre estamos a fazer o melhor que podemos”. Se seguimos as indicações do nosso Mestre Interior, nunca podemos falhar.
(Autor desconhecido)

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