sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mude que assim você muda o mundo.

- Calunga, nós lutamos tanto na vida e conseguimos ter as coisas materiais. Deus foi até bom demais com a gente. Mas meu marido compra as coisas e não usa. Temos carro novo e não usamos. Temos cháca­ra e não vamos. Eu não entendo o porquê. Sei que atraí isso para mim, mas como sair dessa? - pergunta uma seguidora do blog.
- Ah, minha filha, a gente não muda os outros. Muda a gente. O marido é um espelho seu. Você é igual a ele. Também é confusa, bagunçada. Não dá valor ao que tem dentro de si como pessoa. Você mesma disse: acho que Deus deu até demais. Deus não deu nada. Tudo o que tem é porque você conseguiu. O que Deus dá é a força, a vida, são as condições para se obter. Mas é a gente que conquista. Quem tem é porque foi buscar. Deus deu tudo para todo mundo. Quem está usufruindo é porque foi bus­car. Portanto, é mérito da pessoa. Não é mérito de Deus, porque Ele já fez tudo perfeito.
Temos, então, que reconhecer os nossos valores. Ao mesmo tempo em que reconhecemos, por darmos valor a nós, organizamos a nossa vida, sabendo que felicidade é gostar de nós, felicidade é gostar do que se tem. Se seu marido é assim meio destrambelhado, é porque você tam­bém é destrambelhada. Ele é um espelho seu: é bom para ganhar, mas ruim para usar. Vá mudando você por dentro, lá com seus botões, mudando quieta. Diga para si mesma:
- Não é assim. Vou aproveitar tudo o que tenho em volta de mim. Sou uma pessoa ótima. Estou aqui porque tudo o que tenho fui eu, com os meus pensamentos, com a minha filosofia, que tomei posse daquilo que, natural­mente, Deus oferece a mim e a todos. O mérito é meu de ir tomando posse.
E vá se dando a paz, vá organizando melhor a sua casa, que é meio confusa. Vá organizando e, com isso, você vai entrando na ordem mental, na ordem interior, no prazer das coisas pequenas. Isso repercute no ambiente, que também começa a mudar.
É assim, minha gente. A mulher se queixa do marido que tem esse ou aquele problema. Uai, o marido é seu. Olhe para o marido, para o trem que você arranjou. É es­pelho seu, porque você é igual. Não adianta fazer cara feia, pois isso não muda nada. Se ele a trata mal é porque você também se trata mal. Você fala e ele não dá nem bola. E porque você também não escuta o que quer, o que gosta, o que sabe. Vai sempre perguntar aos outros se está certo. Você mesma não se escuta, não se dá va­lor: ah, quem sou eu?, e vai atrás dos outros. Os outros também não a escutam, não lhe dão valor.
O mundo o trata
como você se trata.
Não adianta brigar com o povo, com o marido, com a esposa, com o patrão. Não perca seu tempo. Vá lá dentro e mude de atitude consigo e isso você pode fazer a hora que quiser. Escute-se, entenda-se, fique seu amigo. Não se critique mais. Deixe as críticas de lado, porque se você se critica, vai se pondo contra si. Fique a seu favor, vá fi­cando mais do seu lado, se dando mais dignidade, se me­tendo menos na vida dos outros e cuidando mais de você. Vá se valorizando. E aquela energia ruim vai saindo.
Quando vê, o povo está tratando você diferente, pois quem é considerado é porque já se considera. Ob­serve as pessoas que todo mundo dá atenção, respeita e escuta. Como elas são com elas? Preste atenção e verá que o que estou falando é verdade. Não adianta bri­gar com o povo, querer enfiar na cabeça dele que você merece respeito, que merece outro tratamento, que o marido tem que ser diferente ou que os filhos têm que ser diferentes, que a esposa tem que mudar. Não adian­ta, gente. É você que está educando esse povo a tratar você assim.
Às vezes, o marido é até bom com a visita, bom com os vizinhos, bom com o pessoal lá no trabalho. É tão sim­pático que o povo gosta dele. Mas chega em casa, o ho­mem parece uma mula manca, terrível! Porque é você que o faz ser assim. Repare bem, filha. Você quer mudar o mundo por fora, mas ninguém muda o mundo no mundo. A gente muda o mundo dentro de nós mesmos.
Quem muda a si, muda tudo,pois somos o próprio mundo.
O ambiente também sou eu. Eu não sou pequenini­nho, não acabo na minha pele. Tudo o que tenho posse, tudo o que está em volta de mim também sofre a influên­cia desse "eu", como o resto de mim. Você quer mudar o mundo? Pode, pode mudar o mundo inteirinho. Mude-se, que assim você muda o mundo. Não mudou você, o mun­do continua igual.
Repare, minha filha, é fácil constatar que isso é uma verdade. Estude a vida e verá que estou falando uma grande verdade. Aí vai ficar mais fácil, porque lutar cqntra os outros é o mesmo que nadar contra a maré. Só se ar­ruma briga e confusão dentro de casa. Quer mudar os fi­lhos, quer mudar a tia, quer mudar a mãe, quer mudar o pai? É só aquele conflito e você não chega a nada.
Vá pesquisar o que eu falei. Mude você, não em tudo, só naquilo que você é igual aos outros. Como eles a estão tratando? É assim que você se trata. Repare.
Conserte e verá como o povo pára. Dá sempre certo.
Experimente, pois é na prática que se comprova. Esse ne­gócio de muita filosofia não leva a lugar nenhum. É preci­so sentir na prática, porque o efeito é imediato.
Calunga.

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