sábado, 6 de outubro de 2012

HÁ ALGO MAIS... UM AMOR. UMA LUZ – LXVII*
(A Passagem Final do Malhado – Um Gato Astral)
É quase noite na fazenda...
A mãe prepara a janta na casa central.
De súbito, irrompe na sala uma menina chorando...
Ela tem cerca de uns dez anos de idade e trás um gato nos braços.
Desesperada, ela grita: “Mãe, uma cobra mordeu o Malhado. Ele tá morrendo!”
Então, a mãe pega o bichano e verifica suas condições vitais.
Nisso, o Malhado dá o seu último suspiro e fica imóvel.
A mãe olha para a filha e não sabe o que dizer...
Pouco depois, chega o pai e, desconcertado, chora junto com a filha.
* * *
Agora já é noite na fazenda...
E um clima de tristeza ronda a todos na casa.
O pai enterrou o corpo do gato logo atrás de uma árvore, onde, anos antes, ele enterrara o cadáver de Fito, o seu cachorro querido, que desencarnara de velhice.
Na casa central, a saudade fez sua morada...
* * *
As horas passam...
A menina finalmente adormece nos braços de sua mãe.
Ao mesmo tempo, o pai olha pela janela da sala, pensativo...
Ele pondera sobre a transitoriedade das coisas do mundo.
No entanto, ele sente algo em seu coração...
Algo mais... Um Amor. Uma Luz.
* * *
Enquanto isso, no astral da sala, um Ser de Luz segura o Malhado, em espírito.
E o bichano ronrrona tranquilo no colo dele, bem vivo, além do olhar dos homens.
Então, aquele Ser espiritual atravessa a parede da sala e leva o gato com ele...
E eu os vejo entrando num portal luminoso circular, algures.
Em seguida, eles saem num lugar maravilhoso, como um grande fazenda no astral.
E, ali, ele solta o Malhado em maio a milhares de outros gatos extrafísicos.
E o bichano sai correndo, contente, como se já reconhecesse o seu novo lar.
Então, daquele lugar cheio de natureza viva e pulsante, O Ser de Luz me olha...
E, em meu coração, eu escuto o seguinte, em Espírito e Verdade:
“Irmão, escreve que também há algo mais para os animais... Um Amor. Uma Luz.”
E eu, aqui na cidade grande, cumpro o seu pedido – grato pela visão espiritual**.
P.S.:
Às vezes, as palavras somem e só fica a emoção do momento.
E eu não sei mais o que dizer... Porque só sei sentir.
Então, enquanto o Malhado voa lá na fazenda extrafísica, bem vivo, eu vou ficando por aqui, em Espírito e Verdade.
Sim, ficando com algo mais... Um Amor. Uma Luz***.
Paz e Luz.
- Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
São Paulo, 26 de setembro de 2012.

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