CAMINHO DO BEM
Texto do livro Aflições da Alma
Os que seguem o caminho do mal, a morte do corpo os conduz as zonas sombrias do
padecimento, cercadas pelos fios da avareza que eles mesmos teceram.
Perturbados, não encontram forças para se libertarem. E no momento em que o
íntimo é tomado pelo súbito frio, o pavor do abandono e da solidão os leva aos
crivos sombrios, em companhia dos que no mundo praticaram atividades
criminosas. Os erros voluntários e criminosos do passado, no túmulo
tornar-se-ão tormento consumidor, e como mendigos da inquietação cavam poços
abismais do padecimento torturante. Quando sentem as labaredas do remorso
queimar-lhes as entranhas, estampam nos rostos penosa expressão de amargura e
dor. Arrependidos suplicam pelo amor de Deus, absolvição...
Os desastres morais de vidas anteriores de reparação difícil, depois do túmulo,
envolvem lhes em forças de padrão vibratório das mais inferiores.
Vítimas de lembranças dolorosas de outros tempos, afundam no lamaçal das
falhas, e o sentimento acentua-se de maneira terrível, obrigando-os a suplicar
Clemência ao Pai Misericordioso.
Os amargos padecimentos são consequência dos caprichos que alimentaram durante
a vida. Em virtude da ignorância não deu a merecida atenção às advertências
salutares tendentes a modificar lhes a conduta. Somente rogam pela assistência
salvadora, quando reconhecem que a prece irriga-lhes o coração. A paz e a
serenidade oferecem lhes a certeza de que a elevada vibração é a "capa
acolhedora" para os que esperam no vale das sombras, pela compaixão dos mais
Evoluídos.
Desorientados, com o novo recomeço, deparam-se com os próprios anseios. "Vêem
os que amam vindo ao seu encontro, e ao correr para abraçá-los se conscientizam
de que já não pertencem ao mundo dos vivos. Com os vigorosos laços de estreitas
amizades, vivos na memória, não percebem os braços acolhedores dos irmãos
espirituais estendidos em suas direções peregrinam pelas regiões sombrias, e se
ajuntam a grupos atolados em martírio, com pensamentos impuros aferrolhando
lhes os cérebros de forma torturante". Tomados pela profunda sensação de
deserto e intraduzível tristeza. Com medo da solidão, a inquietação da
consciência, penitencia-os a se acotovelarem em cubículos.
O amparo dos Divinos Mensageiros é o "agasalho" que lhes aquecem. De
coração embrandecido, acalentam a esperança de conhecer o caminho evolutivo.
Contemplam o sublime lampejo dos lampadários Celestes, iluminando o lado
risonho da Vida Maior.
Autora Rozalia Pereira Nakahara
Espírito Willian Eduardo
Paz e Luz no seu coração
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