segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pílula diária de vitamina B evita mal de Alzheimer

http://hypescience.com/pilula-diaria-de-vitamina-b-evita-mal-de-alzheimer/ Por Patricia Herman em 20.09.2011 as 18:00 RSS Feeds
Imagine um comprimido contendo altas doses de vitaminas do complexo B e ácido fólico. Essa pequena pílula, bem normal à primeira vista, pode reduzir o declínio da memória em até 70% em algumas pessoas idosas.
O medicamento já reduziu pela metade a taxa de encolhimento do cérebro em alguns pacientes – um sintoma físico associado com o esquecimento que pode levar ao mal de Alzheimer.
Em pouco tempo, as pessoas poderão fazer testes dos níveis de vitamina B que possuem em seu corpo, na meia idade, e alterar sua dieta para aumentar as chances de permancer saudável.
Os pesquisadores afirmam que os testes mostram definitivamente que as vitaminas são uma boa forma de previnir o declínio mental.
Só tome cuidado. Não se deve começar a tomar suplementos sem consultar um médico porque é possível que eles tenham um impacto prejudicial sobre outros aspectos ou mesmo provocar doenças como o câncer. Antes de tudo, é preciso verificar os níveis de B12 e de ácido fólico.
Os pesquisadores recrutaram 270 pessoas, acima dos 70 anos, que sofriam de lapsos de memória conhecidos como transtorno cognitivo leve (TCL).
A doença afeta 1,5 milhões de pessoas na Grã-Bretanha – uma a cada seis pessoas com mais de 70 anos – e a metade de todos os doentes caem na demência cinco anos após terem sido diagnosticados.
O novo tratamento tem como alvo um composto no sangue chamado homocisteína, que é produzido naturalmente pelo corpo, mas atinge níveis mais elevados na velhice.
A substância danifica o revestimento dos vasos sanguíneos e leva ao encolhimento do cérebro, causando um aumento do risco de Alzheimer, de acidente vascular cerebral e de doenças cardíacas.
Metade dos pacientes receberam comprimidos contendo doses extremamente elevadas de vitaminas B6, B12 e ácido fólico, que são conhecidas por reduzir os níveis de homocisteína no sangue. Ao restante foi dado um placebo.
Em vários momentos durante o estudo, os pacientes receberam uma simples tarefa de memória verbal, em que ouviam uma lista de 12 palavras e era necessário recuperá-las 20 minutos depois.
Após o primeiro ano, aqueles que antes tinham os níveis mais altos de homocisteína foram 70% mais propensos a dar uma resposta correta caso tivessem tomado as vitaminas.
Houve pouca diferença nas taxas de memória entre os pacientes que possuiam níveis médios de homocisteína, independentemente de qual pílula tomaram. Isso indica que a quantidade normal do composto não afeta a função cerebral.
Imagens dos cérebros dos pacientes mostraram que os comprimidos da vitamina reduziram o encolhimento em 30%, em média, subindo para 50% entre os pacientes com altos níveis de homocisteína. Quanto maior o nível da substância no sangue, melhor era a resposta ao tratamento.
Mas são necessárias mais pesquisas para mostrar que realmente é possível retardar a demência, já que as doses de vitaminas que os pacientes receberam eram muito mais elevadas que aquelas encontradas em suplementos vitamínicos ou em alimentos.
Por exemplo, as pílulas continham 20 mg de vitamina B6, que é encontrada na carne, grãos integrais, nozes e banana e para a qual a dose diária recomendada é de 1,4 mg para homens e 1,2 mg para as mulheres.
Os resultados são mesmo incríveis. Mas não custa lembrar: nada de se apressar para encher as prateleiras de comprimidos de vitamina B. Mais pesquisas são necessárias para comprovar se ela tem benefícios para pessoas sem problemas de memória já existentes e se pode prevenir a demência. [Telegraph]

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