Amei tanto este áudio que não resisti e o digitei. – Texto retirado de áudio de Wagner Borges(http://multimidia.ippb.org/?p=211) programa da Rádio Mundial, digitado, editado e adaptado para texto por Dalton Campos Roque (www.consciencial.org). Data do programa 31/01/2008. Todos os créditos devem ser mantidos em qualquer repasse ou divulgação, seja do autor ou do editor.
Ouve um tempo em que a ligação dos homens com os Espíritos livres e benfeitores era maior, era uma ligação natural, livre, espontânea e perene. Fosse nas terras altas ou mesmo nas brumas sobre as campinas baixas, os espíritos ensinavam aos homens o segredo e a ligação entre os corações como a coisa mais sagrada que existe, inclusive acima dos laços familiares.
Eles falavam dos laços espirituais que unem os irmãos de ideais, os mesmos ideais que todos os iniciados vêm trabalhando em prol deles ao longo dos milênios, os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade. Essa ligação dos espíritos e os homens era de coração a coração dentro de uma certa sintonia elaborada e preparada nos ambientes da natureza.
Por aquela ocasião milênios atrás alguns grupos se reuniam nos bastidores das sociedades antigas em todos os lugares do planeta para o aprimoramento e desenvolvimento das capacidades espirituais, o desenvolvimento da consciência, ao longo do tempo, esse desenvolvimento aconteceu nas terras quentes do antigo Egito, aconteceu na África, na Índia, na China, no Tibet e também na velha Europa entre o povo Celta que tinha uma grande ligação com as forças da natureza, os Espíritos livres e o Grande Espírito que está em tudo.
Entre o povo Celta antigo havia grupos que se dedicavam diretamente aos estudos espirituais, esses grupos se reuniam nas montanhas para suas iniciações específicas, e alguns desses grupos se sentavam na campina baixa em meio as brumas e os espíritos então surgiam no meio do nevoeiro e passavam os ensinamentos àqueles iniciados, mente a mente, coração a coração, espírito a espírito. Não haviam dogmas nem imposições nos ensinamentos espirituais, era uma forma livre do contato espiritual do homem com os espíritos, dos espíritos com os homens, dentro daquela consciência de que o Todo está em tudo.
Eu era um dos participantes de um desses grupos espirituais que recebia a mensagem dos espíritos no meio das brumas e também no alto das montanhas, eu e meus companheiros de jornada daquela época conhecíamos os mecanismos das leis de causa e efeito e da reencarnação, nós lembrávamos de vidas anteriores, no oriente antigo, onde tínhamos passado por iniciações profundas e aprendido muitas coisas as quais nós estávamos dando continuidade naquela época, mas também sabíamos que reencarnaríamos mais à frente em vários corpos de raças diferentes para outros aprendizados e novos aprimoramentos conscienciais.
Nós conhecíamos o passado, nós trabalhávamos no presente e nós sabíamos que o futuro viria e que novas oportunidades de trabalho, crescimento e reencontros aconteceriam. O tempo foi passando e assim como as pedrinhas do rio são levadas pela forte correnteza, nós fomos levados pela correnteza da vida ao longo de muitas existências em corpos diferentes, aprendendo o que fosse necessário para o crescimento de cada um.
Nós fomos indo na corrente da vida e hoje nos encontramos novamente reencarnados aqui nesta escola chamada Terra, e nesse momento, nós podemos estar mais ligados do que pensamos, de coração a coração como outrora, não lembramos tanto dessas vidas passadas, mas quem garante que você leitor e eu, não estávamos juntos nessas iniciações lá atrás, aprendemos juntos, comungando juntos, aprofundando laços de amizade, de sintonia e prometendo uns aos outros, em nome do mais sagrado, de quando nos encontrássemos a frente nós nos juntaríamos novamente para novos aprofundamentos em contextos diferentes, nós estaríamos juntos de alguma maneira fazendo trabalhos semelhantes, buscando os mesmos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
Pode ser que algum de vocês leitores sinta uma certa vibração e familiaridade com que estou falando agora, e não é importante se se lembra ou não, o importante é a sintonia nos mesmos ideais, podemos estar em corpos diferentes, em países diferentes, mas nesse momento estamos ligados aqui numa viagem espiritual nas linhas deste texto. E essa reunião, de toda forma invisível, serena e perene, é a mesma união que existia dos espíritos com os homens outrora, e que nós procuramos resgatar de alguma maneira, sem dogma, livre, natural, como era, de coração a coração.
E os espíritos das brumas ensinavam tantas coisas boas e o tempo foi passando e nós reencarnamos, mas os ensinamentos deles ficaram em nossos corações. E que ensinamentos eram esses? Aqueles mesmos da existência de uma causa primária, a existência de um mundo invisível e as relações dos homens com esse invisível. O aprofundamento dos laços espirituais daqueles que jornadeiam pelos caminhos iniciáticos e que se reconhecem ao longo das eras pelos mesmos propósitos, pelos mesmos sentimentos, pelas mesmas energias.
Esses espíritos benfeitores sempre falaram da existência do Espírito e da qualidade evolutiva do homem, sempre ponderaram com os grupos de outrora, assim como fazem com os grupos atuais sobre a necessidade de crescer aprender, evoluir, estar sempre à frente, sempre buscando melhorar, nunca achando que já está pronto, sempre procurando melhorar, nunca procurando ser mestre de ninguém, mas apenas de si mesmo, nunca combatendo a nada e nem ninguém, mas sim, realizando a grande luta dentro de si mesmo que é vencer a si mesmo, pois não há nenhum adversário no universo para ninguém, existe nós por dentro e tudo aquilo que pensamos, sentimos e fazemos. Os nossos grandes inimigos jamais estiveram fora, sempre estiveram dentro, e é no coração no campo luminoso que se exerce a grande iniciação, onde cada iniciado trabalha vencendo a si mesmo, nesta qualidade evolutiva do homem na existência do espírito sempre à frente.
Os espíritos das brumas ensinavam que a inteligência do homem é limitada e que conhecimento não é sabedoria, a sabedoria é um conjunto das qualidades da inteligência universal no homem com sentimentos maiores no coração que envolve a alegria, a ética, o respeito, a amizade e a consciência da vida, a sabedoria que o homem aprende ao longo das muitas experiências, onde ele descobre que sua consciência não vem do cérebro, mas da inteligência universal de seu próprio espírito que se expressa através do cérebro.
Esses espíritos ensinavam sobre a impossibilidade de determinar o grau de lucidez dos homens. Quem é o ser humano que pode julgar a consciência alheia? Ou medir ou estabelecer parâmetros para dizer que alguém é melhor do que o outro, ou mais inteligente ou não. Quantas pessoas com muitos conhecimentos nós conhecemos que não tem sabedoria alguma? E quantas pessoas simples sem conhecimentos acadêmicos dotados de alta sabedoria e que sabem levar a arte da vida com dignidade.
Os espíritos das brumas falavam da responsabilidade que cada iniciado espiritual levava consigo mesmo, falavam de universalismo, de mente aberta, de estar prestando atenção no momento presente, em todas as possibilidades de comungar com a natureza, de estar com coração aberto e de ser generoso.
Eles falavam do caráter híbrido do ser humano, pois o ser humano é espírito na matéria, ele é estrela, mas se manifesta como carne no momento, é um híbrido do eterno para o temporário, e cada iniciado espiritual daquela época tinha plena consciência disso e sabia que em determinado momento teria que se desprender definitivamente do corpo e ir de volta para casa nas luzes do céu, mas eles sabiam que retornariam novamente e que a Mãe Terra ofereceria novos envoltórios terrenos para abrigá-los em novas vidas, novos aprendizados, esses iniciados sabiam.
Os espíritos das brumas ensinavam que a Terra é uma escola e que todo ser vivo é seu professor e ao mesmo tempo seu aluno. Falavam da fé raciocinada e jamais estimulavam a crença cega de ninguém. Combatiam todo tipo de radicalismo e falavam da flexibilidade da consciência aprendendo nos determinados ciclos da natureza, a se portar de acordo com as circunstâncias, a saber levar as coisas da vida com paciência e consciência.
Os espíritos das brumas ensinavam que não há felicidade para os egoístas e que a felicidade verdadeira só vem do coração, do espírito, jamais da aparência, pois as coisas da Terra são transitórias, tudo passa, incluindo a beleza e a força física, mas fica a fibra do espírito no coração com tudo que ele aprende, e o espírito não é alto ou baixo, gordo ou magro, homem ou mulher, é consciência. E o que a consciência aprende, ela leva e isso não é transitório, é perene.
Os espíritos das brumas falavam que é necessário aprender a ler no livro da natureza e que os nossos pensamentos, sentimentos e energias deixam impressões energéticas dentro e fora de nós. Eles ensinavam que nossas mãos são como antenas energéticas e que nós podemos abrir as mãos e sensibilizá-las energeticamente no ar captando a energia cósmica, captando as essências da natureza, trabalhando essas energias em nossos corpos e até mesmo irradiando-a para outras pessoas que não estejam bem. As mãos são antenas energéticas e eles ensinavam que nós poderíamos dormir prestando atenção nas luzes das mãos para que assim levássemos para fora do corpo físico durante o sono, mãos de luz, para curar no plano espiritual também os espíritos infelizes que nós encontrássemos.
Eles falavam da respiração, que quando nós respiramos, nós captamos essa essência luminosa da energia que está no ar e que a respiração é uma meditação natural e que é necessário prestar mais atenção na entrada e na saída do ar com a plena consciência que é uma entrada e uma saída da luz em nós.
Eles falavam que o Todo está em tudo, a Presença Maior, o Grande Espírito também respira. Ele expira e o Universo aparece, Ele inspira e o Universo desaparece e novamente Ele expira… e tudo surge novamente.
Eles falavam quem ama respira o ser amado e ensinavam que quem trabalha em prol de um ideal também respira o motivo desse ideal. Que quem ama o céu respira a essência divina, que quem faz o bem respira com os Espíritos de Luz e quem compartilha a Luz respira a própria Luz.
Eles falavam de dar sem esperar nada em troca, sem jamais cobrar qualquer tipo de gratidão do outro, apenas se sentindo grato pelo próprio ato de dar, de ser útil e assim ser feliz.
Ah, esses espíritos das brumas, os espíritos das montanhas, da natureza, que outrora falavam diretamente com os homens, de coração a coração e que hoje ainda falam, assim como falavam para os antigos iniciados, mas é preciso ouvir com o coração. E esses espíritos e amigos que hoje também estão presentes em nossas vidas, seja no trabalho que eu faço, no trabalho que os colegas espiritualistas fazem, na vida de cada um de vocês, eles estão presentes invisivelmente sempre intuindo tudo aquilo de melhor sem jamais se meter em nossas decisões e em nossas vidas, mas inspirando o melhor, dotando a cada um de nós com mais paciência para superar dificuldades, dotando a cada um de nós com mais força para vencermos os grandes inimigos que na verdade estão dentro de nós mesmos.
E finalizando esses ensinamentos espirituais, segundo tais espíritos, nós somos as criaturas de nosso próprio futuro.
Áudio de Wagner Borges, digitado e editado por Dalton Campos Roque, como um irmão mais novo (Dalton) que se reencontrou com um irmão mais velho (Wagner). Sinto a mesma forte e intensa ligação coma irmã mais velha Maria Ilza Andrade. Ilza, saudades do antigo Egito…
A Ilza e Wagner dedico estas linhas:
Que o vento da vida sopre nossos seres para a alma do mundo;
Que sem medo, apesar das distâncias físicas, cumpramos nossos papeis de minipeças;
Cada qual fazendo o que pode, fazendo o seu melhor;
Que sejamos dignos de Gaia que tão bem nos acolheu de outros orbes;
Que a cada dia aprendamos a aprender;
Sempre de mãos dadas com as pessoas que quiserem estar a nossos lados;
Com humildade, simplicidade e benevolência do discernimento aprendiz;
E que nenhuma distância seja digna de nossa amizade e amor.
Queridos, obrigado…
Seu irmão menor Dalton
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