É preciso muita humildade para assumir a coragem de buscar um novo caminho.
Por Irineu A. Gasparetto
Quantas vezes dizemos, em nosso diálogo diário conosco, que aquela seria a última vez que faríamos determinadas coisas, cujos efeitos danosos conhecemos em todas as suas nuances?
Ainda que tenhamos passado por "poucas e boas" em nossa jornada, parece que nossas resistências sempre tendem a vencer, dificultando nossa iniciativa para mudarmos de rumo.
Escolhas habituais nos permitem, tão somente, vivenciar velhos costumes, esticando nossa antiga agonia de seguir naquilo que nossa alma sabe que já não serve mais.
Existem diferenças fundamentais entre "saber" e "fazer", isto é, movimentar-se do teórico ao prático.
Significa que isso somente acontecerá, quando nossa atitude for diferente e firme no propósito de experimentarmos o novo.
Afinal, o que nos impede verdadeiramente de agir, se dentro de nós há um lado bastante disposto a se renovar?
Por que não deixamos ir o "velho", sabendo que ele não atende mais aos nossos anseios da alma? Por que não nos abrimos e cedemos ao "novo",
sabendo que ele poderá trazer horizontes mais amplos de conquista pessoal?
Não o fazemos porque o "velho", embora ruim e desagradável, é um caminho bastante conhecido, e o "novo" é uma espécie de "tiro no escuro", pois nunca se sabe onde a bala irá parar de verdade.
Temos vontade, mas falta-nos coragem!
Os tormentos comuns da dúvida, aliados aos medos já vivenciados, em antigos e eventuais fracassos, conectados uns aos outros, imobilizam-nos para agir, e ficamos ainda mais concentrados na idéia de que a nova iniciativa não dará certo.
No entanto, é preciso muita humildade para assumir a coragem de buscar um novo caminho, "desidentificando-nos" com a antiga imagem de nós mesmos, abdicando da idéia de que precisamos "parecer ser", para assumirmos nova postura do que efetivamente agora "somos".
Finalmente, hoje, chegou o "Dia do Basta".
Respire fundo, conectando-se com o "Bem Maior", e rompa de uma vez por todas, com os pesados grilhões das velhas e desgastadas amarras e manias,
permitindo-se confiar e experimentar o frescor de uma alma renovada, que está aprendendo a reconhecer, na grandeza de si mesma, as melhores alternativas para vivenciar esse novo momento dentro do coração.
Há muito tempo, a dor da "mesmice", condicionada a velhas, repetitivas e cansativas escolhas, pede passagem a novas alegrias, que possam significar motivação e vontade de crescer em um só tempo.
Não tenha medo !
Somente com a sua luz interior, focada agora nas novas estradas que se materializam à sua frente, será possível seguir com clareza, confiança e destemor!
Use o discernimento e compreenda a importância da hora que passa.
Se você já consegue reconhecer em sua vida, coisas que já não servem mais, embora tenham sido úteis e vantajosas em circunstâncias do passado, não espere chegar uma nova série de aborrecimentos e dificuldades para mudar de atitude.
Seja firme e resoluto ! Decida!
Lembre-se que todo crescimento pessoal e espiritual que nos possibilita libertação, quase sempre costuma gerar um natural, mas aflitivo descontentamento, naqueles que estão acostumados à "arte da manipulação" - de nossa vida e da de outros.
Confie no amparo das "Forças Superiores da Vida" e prossiga rumo ao cerne de seu coração.
Pense nas incríveis alegrias que estarão presentes, quando você não mais precisar "aparentar ser" o que você não é mais.
Nós só ficamos bem em tudo, isto é, luminosos e livres, quando utilizamos o talento de sermos "nós mesmos" - sem máscaras, reconhecendo,com transparência, as bênçãos incontáveis do que já podemos usufruir, redescobrindo e percorrendo os caminhos da paz, sem medo de ser feliz.
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