segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fica Decretado em 2011

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer,
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas,
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor,
Fazer com que alguém pague por suas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos,
Não tentar compreender o que viveram juntos,
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e apagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida lhe dá, também lhe tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Pablo Neruda

Como a data do carnaval é fixada

A festa tem fama de pagã, mas só dá para saber quando o carnaval cai graças a um elaborado sistema de cálculo inventado pela Igreja Católica. O sistema, em vigor até hoje, serve para determinar a data da mais sagrada festa cristã, a Páscoa, que comemora a ressurreição de Jesus Cristo.
E é por isso, aliás, que tanto a data da Páscoa quanto a do carnaval “andam” de um ano para o outro. Assim como a Páscoa dos judeus, a versão cristã da festa segue um calendário baseado nas fases da Lua, com “meses” de 28 dias. Acontece que o calendário anual de 365 dias é solar (com meses de 30 e 31 dias, exceto fevereiro, que tem 28 — ou 29, se for ano bissexto), e a discrepância entre os dois é um dos motivos para a mobilidade da data do carnaval.
Um dos motivos, mas não o único. É preciso levar em conta que a data da folia é calculada retroativamente — primeiro determina-se o domingo de Páscoa e, contando-se sete domingos para trás, chega-se ao domingo de carnaval. E, no caso da Páscoa, a situação é para lá de complicada.
Como regra geral, a Páscoa tem de cair no primeiro domingo após a lua cheia que seguir o equinócio de primavera do hemisfério Norte. O equinócio é o nome dado à posição do Sol que marca o começo da estação primaveril (a Páscoa judaica sempre esteve associada à primavera), e normalmente cai no dia 21 de março. O problema é que a lua cheia usada pela Igreja não é a lua cheia “real”, mas a chamada lua cheia eclesiástica - uma série de projeções da posição do astro feitas no começo da Idade Média.
Com isso, surge uma variabilidade decorrente da precisão da lua cheia eclesiástica. A situação melhorou com a entrada em vigor do nosso calendário atual, o gregoriano (criado pelo papa Gregório XIII no século 16), mas a coincidência entre a lua teórica e a real ainda não é perfeita. Por tudo isso, a data da Páscoa pode variar entre 22 de março e 25 de abril, e a do carnaval caminha junto com ela, fixada sete domingos antes."
Abaixo as datas da terça-feira de carnaval para os próximos anos:
- 2011: 8 de março
- 2012: 21 de fevereiro
- 2013: 12 de fevereiro
- 2014: 4 de março
- 2015: 17 de fevereiro
- 2016: 9 de fevereiro
- 2017: 28 de fevereiro

Entrevista com Roberto Snunyashiki

A revista ISTO É publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
ISTO É: Quem são os heróis de verdade?
ROBERTO SHINYASHIKI: Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu à pena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.
ISTO É: O Sr. citaria exemplos?
SHINYASHIKI: Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTO É: Qual o resultado disso?
SHINYASHIKI: Paranóia e depressão cada vez mais precoce. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTO É: Por quê?
SHINYASHIKI: O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTO É: Há um script estabelecido?
SHINYASHIKI: Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa 'O Aprendiz'? - Qual é seu defeito? Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: - Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar. É exatamente o que o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
ISTO É: Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
SHINYASHIKI: Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTO É: Está sobrando auto-estima?
HINYASHIKI: Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser, nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil, que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
ISTO É: Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
SHINYASHIKI: Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: 'Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTO É: O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
SHINYASHIKI: Exatamente... A gente não é super-herói, nem super fracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTO É: Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto SHINYASHIKI dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
SHINYASHIKI: Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é, ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo. Um amigão me perguntou: 'Quem decidiu publicar esse livro?' Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
SHINYASHIKI: O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas: A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
ISTO É: Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
SHINYASHIKI: A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade... A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema... Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: 'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz'. Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

Mantra Tibetano


Om Mani Padme Hum “
Mantra Tibetano invoca paz em cada sílaba:
Om – ouvi minha prece,
Ma – dai-me forças contra o mal,
Ni – livrai-me do egoísmo,
Pa – libertai-me do irracional,
Dme – fortalecei minha caridade,
Hum – dai-me compaixão por quem sofre
.

O Dia do BASTA

É preciso muita humildade para assumir a coragem de buscar um novo caminho.
Por Irineu A. Gasparetto
Quantas vezes dizemos, em nosso diálogo diário conosco, que aquela seria a última vez que faríamos determinadas coisas, cujos efeitos danosos conhecemos em todas as suas nuances?
Ainda que tenhamos passado por "poucas e boas" em nossa jornada, parece que nossas resistências sempre tendem a vencer, dificultando nossa iniciativa para mudarmos de rumo.
Escolhas habituais nos permitem, tão somente, vivenciar velhos costumes, esticando nossa antiga agonia de seguir naquilo que nossa alma sabe que já não serve mais.
Existem diferenças fundamentais entre "saber" e "fazer", isto é, movimentar-se do teórico ao prático.
Significa que isso somente acontecerá, quando nossa atitude for diferente e firme no propósito de experimentarmos o novo.
Afinal, o que nos impede verdadeiramente de agir, se dentro de nós há um lado bastante disposto a se renovar?
Por que não deixamos ir o "velho", sabendo que ele não atende mais aos nossos anseios da alma? Por que não nos abrimos e cedemos ao "novo",
sabendo que ele poderá trazer horizontes mais amplos de conquista pessoal?
Não o fazemos porque o "velho", embora ruim e desagradável, é um caminho bastante conhecido, e o "novo" é uma espécie de "tiro no escuro", pois nunca se sabe onde a bala irá parar de verdade.
Temos vontade, mas falta-nos coragem!
Os tormentos comuns da dúvida, aliados aos medos já vivenciados, em antigos e eventuais fracassos, conectados uns aos outros, imobilizam-nos para agir, e ficamos ainda mais concentrados na idéia de que a nova iniciativa não dará certo.
No entanto, é preciso muita humildade para assumir a coragem de buscar um novo caminho, "desidentificando-nos" com a antiga imagem de nós mesmos, abdicando da idéia de que precisamos "parecer ser", para assumirmos nova postura do que efetivamente agora "somos".
Finalmente, hoje, chegou o "Dia do Basta".
Respire fundo, conectando-se com o "Bem Maior", e rompa de uma vez por todas, com os pesados grilhões das velhas e desgastadas amarras e manias,
permitindo-se confiar e experimentar o frescor de uma alma renovada, que está aprendendo a reconhecer, na grandeza de si mesma, as melhores alternativas para vivenciar esse novo momento dentro do coração.
Há muito tempo, a dor da "mesmice", condicionada a velhas, repetitivas e cansativas escolhas, pede passagem a novas alegrias, que possam significar motivação e vontade de crescer em um só tempo.
Não tenha medo !
Somente com a sua luz interior, focada agora nas novas estradas que se materializam à sua frente, será possível seguir com clareza, confiança e destemor!
Use o discernimento e compreenda a importância da hora que passa.
Se você já consegue reconhecer em sua vida, coisas que já não servem mais, embora tenham sido úteis e vantajosas em circunstâncias do passado, não espere chegar uma nova série de aborrecimentos e dificuldades para mudar de atitude.
Seja firme e resoluto ! Decida!
Lembre-se que todo crescimento pessoal e espiritual que nos possibilita libertação, quase sempre costuma gerar um natural, mas aflitivo descontentamento, naqueles que estão acostumados à "arte da manipulação" - de nossa vida e da de outros.
Confie no amparo das "Forças Superiores da Vida" e prossiga rumo ao cerne de seu coração.
Pense nas incríveis alegrias que estarão presentes, quando você não mais precisar "aparentar ser" o que você não é mais.
Nós só ficamos bem em tudo, isto é, luminosos e livres, quando utilizamos o talento de sermos "nós mesmos" - sem máscaras, reconhecendo,com transparência, as bênçãos incontáveis do que já podemos usufruir, redescobrindo e percorrendo os caminhos da paz, sem medo de ser feliz.